Ministrando ao Povo de Deus - New

16/10/2011 12:50

 

1.   Ter em mente que não é um show o momento de louvor

A tarefa de quem está ministrando na adoração não é fazer “bombar” o culto e as pessoas. Não é levar a congregação a um frenesi. Não é de manipulação.

Não precisa realizar exageros no momento de louvor, nem também precisa persuadir a Deus para vir encontrar-se com a congregação ou vir e fazer alguma coisa. Deus está presente. Ele está disposto e é capaz de satisfazer todas as necessidades. Estamos reunidos para adorá-Lo, não para tentar convencê-lo a mostrar-se ou agir em nosso nome.

Quando vamos liderar pessoas na adoração, primeiro precisamos entender o que é adorar. A adoração é nossa resposta à revelação de Deus de quem Ele é e o que Ele tem feito. É reconhecer o valor de Deus e atribuindo-lhe a sua grandeza. A adoração é baseada numa relação amorosa. Ela inclui o que dizemos em palavras e música, dando do nosso tempo e recursos, e todo ato que submete à sua regência.

O primeiro pré-requisito para as pessoas de liderança na adoração é que precisam adorar. Se não estamos adorando, não estamos susceptíveis a inspirar outros à adoração.

2.   Um único foco

Há somente um que adoramos. É preciso que venhamos a manter esse fato claramente em nossas mentes ao selecionarmos as músicas. Devemos evitar canções que se concentram em alguma coisa ou alguém que não seja nosso Senhor Jesus. Nós não estamos lá para se concentrar em nós mesmos, no inimigo, nos problemas da vida, ou até mesmo na Bíblia. Muitos dos Salmos descrevem a adoração como uma progressão a partir do objetivo (quem Ele é) ao subjetivo (o que Ele fez por nós). Este é provavelmente um bom padrão para nós seguirmos, também.

3.   Distrações

Qualquer coisa que façamos para chamar a atenção para nós mesmos ou para outros vão distrair as pessoas de adorar a Deus. Que tipos de coisas podem distrair? Muitas conversas distraem, e isso inclui também dar muitas direções. Exortações ou passagens da Escritura pode efetivamente orientar as pessoas no culto, mas estes devem ser breves, ao ponto, e não muito frequentes.

Outra distração é falar excessivamente durante a música.  Repetição de frases sem sentido também pode distrair. Ouça a sua adoração e orações. Você começa e termina cada frase com "Senhor", "Pai", "Deus", "Jesus",  “Amém” ou outras referências.

4.   Variedade e equilíbrio

A variedade é um elemento importante do culto/louvor. Vários elementos devem variar, incluindo tempo, volume, e atitude (alegre, reflexiva, etc.) 

Neste contexto, algumas pessoas perguntam: "Qual você prefere? Hinos ou cânticos espirituais?" Acho que a resposta para a pergunta não deve importar muito para um líder de adoração. Por quê? Porque estas duas formas têm funções diferentes. A questão nunca deve ser o que gostamos, mas como podemos usar para alcançar nosso objetivo (adoração). Este é o balanço que precisamos para tentar descobrir.

5.   Vã repetição e truques

Cantar um estribilho não é a chave para convencer as pessoas a adorarem ou convencer a Deus para manifestar a Sua presença.  Devemos evitar as repetições nas músicas como forma de fazer o povo “adorar mais”.

6.   Adequação

As músicas que escolhemos e do jeito que cantaremos deve ser apropriado para a ocasião.  Algumas pessoas podem aguentar um longo período de pé durante a adoração, mas um grupo mais velho pode ser capaz de se concentrar em seu Criador e Redentor sentado. De pé não é mais espiritual do que sentado. Uma vez que nem é melhor que o outro, talvez seja melhor para ajudar as pessoas a sentir uma liberdade para ficar de pé ou sentar-se dependendo de como ele ajuda a adoração.

7.   Jargão

Precisamos perceber as palavras que usamos no púlpito. Jargão cristão pode parecer espiritual, mas pode ser sentido percebido por muitos como uma estratégia antiética. 

Nossas palavras devem conduzir as pessoas para adorarem, precisamos usar as palavras que têm mais probabilidade de atingir esse objetivo. Se usarmos a linguagem comum de todas as pessoas em nossa cultura, poderemos mais provavelmente comunicar a verdade de Deus fielmente a todos os presentes.

8.   Planejamento e prática

Planejamento e prática irá nos ajudar a realizar nossos objetivos na adoração. O que devemos planejar? Uma sequência de músicas que irá realizar o nosso propósito. Não escolhemos apenas alguns cânticos que são os nossos favoritos, ou canções com um determinado tema. Devemos pensar nas músicas que cantamos como uma progressão que levem as pessoas para reconhecerem Deus por quem Ele é, a si mesmos como pecadores salvos por Sua graça, e as pessoas reunidas como corpo de Cristo. Então as músicas que escolhemos deve ter desenvolvimento : deve começar em algum lugar e deve ir para algum lugar.

Como estamos conduzindo a adoração, devemos manter uma atitude que irá permitir que o Espírito Santo possa mudar seus planos e tomar o culto em uma direção diferente. Planejamento e prática em si não extinguir o Espírito Santo de Deus.

Manter um registro dos hinos e coros usados. Como regra geral, não use os mesmos dois domingos seguidos, a menos que você está ensinando a congregação uma nova canção.

Não pense que você pode apenas ficar na frente do povo e leva-lo a adoração, porque você tem uma voz agradável e talentosos músicos. Para liderar bem, você deve planejar e praticar. Idealmente, todos os músicos (e técnico de som) devem praticar adorando juntos antes de odo serviço usando as músicas que pretende cantar. Se isso não for prático, o maior número possível deve praticar. Esta é uma parte muito importante de preparação para a adoração. Omiti-lo, e corre o risco de não conseguir levar as pessoas em adoração bíblica.

9.   Receber feedback

Se prestarmos atenção para o público, seremos capazes de detectar quando estamos conseguindo nossos objetivos. Veja a congregação para ver se eles estão adorando.  Além disso, muitas vezes uma avaliação sincera de um amigo pode ser tão útil quanto um levantamento em toda a igreja.

10. Criatividade

Quem ministra ao povo de Deus precisa encontrar maneiras criativas de trazer novos elementos de culto e de formas de louvor e de comunicar as Escrituras. É preciso surpreender a congregação. Não se deve ser previsível. Como podemos obter formas novas que levem as pessoas mais próximas de Deus?

·         PALAVRA-BASE ingredientes como poemas, orações, meditações, letras de música;

·         SÍMBOLO ingredientes como vídeo, escultura, papel, no gesto, na dança, em artefatos;

·         SOM ingredientes como música de fundo, som, clips, loops de som, música ao vivo, cantando, falando e citando, orando, leitura da Bíblia, pensamentos falados e meditações, conversas;

·         VISÃO BASEADA ingredientes como - vídeo e projeções 35mm, esculturas, fotos, instalações;

·         IMAGINAÇÃO ingredientes como - desenhos, compor em tempo real (palavras / música), meditações, orações;

·         INGREDIENTES TÁTIL  como -  unção, imposição das mãos,  objetos naturais, argila do molde, ceia do Senhor;

11.    Intencionalidade

A criatividade precisa está alicerçada na intencionalidade, caso contrário, tudo o que se fizer não terá um propósito e será jogado ao vento. Na igreja não fazemos arte por arte. Tem que haver uma missão clara, um propósito definido em nosso serviço litúrgico. O que é necessário para exercer intencionalidade no que fazemos?

 

12.    Excelência

Definimos excelência como fazer o melhor que podemos fazer, dar a Deus o nosso melhor. Em I Samuel 16:18 Davi disse que não queria oferecer ao Senhor o que não lhe custou nada. Ele queria dar ao Senhor o seu melhor. Excelência não é perfeccionismo. Perfeccionismo é uma obsessão doentia que não honra a Deus.

 

13.     Avaliação

Intimamente ligado a excelência está a avaliação. Não podemos melhorar se não percebermos o que ficou bom ou ruim, o que funcionou ou não. A avaliação correta sempre deve vir via dialogo com os que são os protagonistas da ação bem como os que recebem a ação.

 

14.    Autenticidade

Quem realiza a ministração precisa ser autêntico. Somos reais? Estamos dizendo e mostrando a verdade através do nosso ministério? Precisamos criar uma arte que seja honesta porque se isso não acontecer as pessoas perceberão a mentira.

 

15.   Comunidade

A comunidade depois do que Deus nos dá é uma das maiores recompensas que existe. Por isso precisamos estar conectados uns aos outros e isso acontece quando trabalhos em equipe.

 

16.   Liderança

Todas as comunidades requerem liderança. O om da liderança é essencial para a construção do ministério de adoração. Artistas muitas vezes se sentem incompreendidos, inseguros e desanimados.  Precisamos pedir o Espírito Santo para nos ajudar a escolher nossas palavras com cuidado para saber quando é preciso elas ser um desafio ou uma palavra de exortação ou ainda carinhosa.

 

 

 

17. Exercer as disciplinas espirituais

O maior presente que podemos trazer para a igreja não é o nosso talento. E maior importância é o que fazemos o que Jesus nos ensinou: permanecer nele. Precisamos estar praticando as disciplinas espirituais que nos ajudarão  crescer em nosso caráter. Isto nos preparar para a ministração e nos protegerá contra o inimigo de nossas almas que quer nos destruir.

 

18.  Momentos transcendente
Se estamos projetando serviços inspiradores para os cultos de adoração, o nosso objetivo é preparar os elementos que Deus pode usar para tocar profundamente a alma humana - para conectar-se conosco e nos dar um gosto de Sua verdade e presença. As pessoas devem saírem diferentes de alguma forma quando saem. Falharemos  miseravelmente, se as pessoas ao participarem dos nossos cultos criativo ou divertido, mas com o tempo elas não apresentam mudança de vida.

 

Pr. Fernando Cintra